quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

No baloiço da vida

Pendurada do alto, sem corda ou rede,
fecho os olhos e baloiço ao som da vida.
A música vai mudando, sem aviso...
Se me falha o ouvido,
a queda, certamente, mata!
Rápido, rápido, agora lento...
Não arrisco abrir os olhos,
seguro-me como posso,
e baloiço, baloiço!
Lento, lento, agora rápido...
O ritmo conduz o corpo,
ora suave, ora abrupto!
Cada golfada de ar parece infinita
e sustenho a respiração, assustada.
Quanto tempo e força terei
para que o equilibrio não falhe
e a vida me embale,
com o amor extremado de mãe...

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