terça-feira, 28 de julho de 2009

Assim é a vida...

Por momentos hesito...
Sinto-me só, sem rumo.
As cores parecem escuras,
como se tivesse anoitecido
sem que me desse conta!
Creio que me tinha esquecido...
Amanhece, escurece,
torna a amanhecer...
Assim é a vida - cheia:
bom, mau, assim-assim!
Dias cinzentos, noites coloridas,
noites cinzentas, dias negros,
dias azuis e noites em branco!
Tantas as combinações...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Saltibanco

Os dias passam quase sem o sentirmos
num instante é tempo de regressar,
à cidade grande, barulhenta e apressada,
aos passeios a duas pela calçada poluída,
ao trabalho que já não traz alegria...
Um, dois, três, quatro e volto
a saltar para o comboio direita a ti,
ao sol, aos meus e aos teus, à preguiça,
aos passeios a dois pela areia das praias,
ao pão acabado de sair do forno...
São dois dias em que me reencontro,
em que a alegria me brota sem esforço,
e em que apenas me pesa sabê-los finitos
e não ter a presença da minha amiga,
peluda, barulhenta e desobediente,
mas que não trocaria por outra!
É uma vida dividida, de saltibanco,
com a mala sempre meia-feita,
a empurrar horas, minutos, quando só
e a querer que parem quando contigo...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tenho-te a ti

Em cada momento de dúvida, tenho-te a ti.
Quando fico triste, reencontras-me o sorriso.
Os teus beijos quentes desaquietam-me o corpo
e aquietam-me a alma, em calma turbulência,
paixão doce e insana, emotiva e sensual.
Existe em nós um bem-estar natural,
um conforto que sobrevive ao silêncio.
A distância, tornou-nos mais próximos,
e cada momento a dois é precioso, belo,
pleno de aventura ou apenas quietude!
Quando os nossos olhares se cruzam
o mundo parece tão melhor à nossa volta...

O agora

Dou por mim cheia de medos e fantasmas;
a minha carapaça fortalecida, agora mudada,
amolecida, sem que o tenha podido evitar...
Faço força para que nada a atravesse,
nada me arranhe os dias, mas não consigo!
Parecem existir sempre mais momentos,
mais armadilhas, gritos, questões,
do que aqueles que consigo travar!
Sinto um cansaço tal, por vezes,
que me adormece os sentidos e o querer.
Espero que o tempo me faça diferente,
me deixe que a pele engrosse uma vez mais,
e me permita voltar a gostar de cada instante,
- mesmo dos que nada têm para se gostar...