Queria tanto recuperar a minha escrita de outros tempos!
Letras ordenadas que tantas vezes, me salvaram a vida.
Perdi-me no labirinto da vida e perdi as minhas palavras... Ou elas perderam-me a mim...
As minhas frases cheias de espírito, chama e ironia, fluíam sem sobressaltos. Agora quero descrever o que o coração me conta e sinto apenas o vazio.
Como se tivesse que ser de novo apresentada às palavras; como se estas velhas amigas não me reconhecessem.
Sinto-me traída e desapontada. Ou, talvez, a traidora tenha sido eu!
Talvez, pouco a pouco, eu e as palavras possamos reaproximar-nos... Talvez sejam elas quem me ensinará a virtude da paciência...
A cada dia, revisitando-nos, talvez voltemos a ser intímas.
Talvez todas voltem para poder gritar o que quero, o que sinto, o que me magoa, sem necessidade de floreios ou embustes - apenas velhas amigas a despir-me a alma.
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