quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sóis

Troquei a gola alta por um generoso decote que quase deixa o sol acariciar-me.
Sinto um leve calor sobre a pele, diluindo-se, sem pressa, pelo corpo...

Porque não pode o sol visitar-me assim todos os dias?
Quero ficar, para sempre,
perdida neste doce casulo
que se constrói à minha volta...

Poder endireitar o corpo,
mirrado na luta desigual contra o frio.

Poder vestir roupa que quase não se sente,
etérea, macia. E acariciar a pele,
sem sequer o pensar.

Estremecer ligeiramente
com a briza do entardecer.

Poder mudar o ritmo do tempo,
e fazê-lo mais lento.

Poder esboçar sorrisos,
quando se admiram os corpos dos outros.

Os dias luminosos,
cheios de riso e promessas.

Sonhar com a praia e o mar,
que seguramente virão...

Sem o sol definho,
envelheço, e morro
um pouquinho a cada minuto!

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