terça-feira, 16 de junho de 2009

Negros queixumes

Sem o sol, que me afasta as penas,
fico à mercê de todas as sensações;
hoje tão cinza como estas nuvens!
Num grito de alma, silencioso,
porque aqui não me deixam gritar,
cerro os olhos e fujo para longe.
Longe deste lugar escuro e frio,
onde perco os meus dias,
torno a sentir-me verdadeira e una.
Em dias negros, que me embrulham,
como um celofane turvo e feio,
queria poder andar para trás
ou mesmo andar para a frente
iludindo o tempo e este negrume...

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