terça-feira, 30 de junho de 2009

Voz muda

Queria deixar em alto-relevo
tudo o que sinto e penso,
mas a minha voz já não é muda.
Estes gritos de alma escritos,
outrora tão sós, tão meus,
sinto-os agora nús.
Segredos, se os tivera,
desvendados, tornados
de todos e para todos!
Assim é a amarga doçura
de ter quem se importe,
de não se ser só e anónimo.
Se pobre coitada eu fora,
quem quereria de mim
as emoções, os segredos, as palavras?

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