Voltou a chuva, gotas malditas!
A água das nuvens,
deslava sorrisos
e traz carrancas.
Arrastam-se os pés,
nesta fina lama,
e maldiz-se tudo
pela ausência do sol...
O interlúdio solarengo
e a roupa colorida,
culminaram neste
tão odioso desfile
de negros, cinzas,
gabardines bege
e guarda-chuvas!
Frio e feio,
o tempo estristece,
obrigando a forjar
esta falsa energia,
e enganar a vontade
de me aquietar, enroscada,
num qualquer sofá...
Ontem, numa esplanada,
roubei aos raios de sol,
a vontade de viver,
hoje será à dança.
E dançarei para esquecer,
a escuridão, as nuvens,
e o cheiro do alcatrão.
Em passos dançados,
entre voltas e rodopios,
esboço um sorriso,
e acerto, finalmente,
o compasso do coração!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário